terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Na fila...

Terça-feira, 21h57, chego em casa, ligo o computador e dou início ao meu Happy Hour. Sim, aquele happy hour citado nos primeiros artigos desse blog. Cuecão e WoW for all the night.



Quando resolvo entrar no jogo, me deparo com a mensagem: Warsong está Cheio! (Warsong é um subservidor aonde também tenho personagens para jogar).
Acabei de entrar em uma fila interminável. O tempo estimado sempre nos engana e nos faz esperar meia hora quando na mostra na tela ligeiros 4 minutos.

Acontece que nesses tantos minutos de espera para entrar, pensei. Será que não estou numa fila dessas também e lembrei de uma antiga amiga que conheci na faculdade. Eu era apaixonado por ela e ela namorava um carinha estranho. Flertei ela algumas vezes e deixei claro que estaria na fila esperando. Mas essa fila já andou umas 4 vezes e ainda não chegou minha vez. Quando tenho oportunidade, relembro e questiono-a sobre a minha posição. Ela ironicamente me responde: "a fila está parada".

Bom, como sou otimista e sempre procuro tirar um ponto positivo de todas as situações, para esta eu diria que: "Quando ela voltar a andar, quem sabe sou o próximo?". E ainda a gente reclama de ficar uma hora na fila do banco.

Infelizmente eu nunca recebi um ticket com senha de chegada na fila dela. Vou me lembrar de cobrar da próxima vez.

Seja medíocre ou cobre caro por ser competente.

Não tenha vergonha de ser medíocre, a maioria da população mundial é.

Nos últimos meses esse pensamento tem me iluminado no trabalho.
Quem nunca foi solicitado para trocar um cartucho de tinta da impressora, configurar um email ou corrigir uma fórmula básica no excel?

Nesses momentos eu tenho sido medíocre. Após anos e anos de demonstração de capacidade de resolver tudo, descobri que os conhecimentos gerais no trabalho não é valorizado. Pelo menos não aparece no contra-cheque.

Então o que fazer se me chamarem para uma ajudinha básica aqui e ali?

O que estou fazendo agora é seguir a ordem abaixo:
  1. Mostro que aquilo é obrigação da pessoa saber;
  2. Faço sem ensinar, mas se demonstrarem interesse em aprender, ensino (não perco tempo com quem não quer aprender);
  3. Mostro que aquilo é obrigação da pessoa saber (sim, novamente).

Agora se o mesmo pedido repetir, depende muito do meu humor. Como sou sempre bem humorado, normalmente ignoro o pedido fazendo de conta que não ouço. Afinal, tenho essa deficiência atestada por um médico (otoesclerose). Agora se o humor é diferente...

Bom. Esse post, assim como os anteriores, é um tipo de desabafo. Se você trabalha comigo, me desculpe, mas procure saber fazer sozinho agora o que me pede para fazer ou escreva um post as avessas, tal como "Seja competente, ou cobre caro por ser medíocre." (tem muito ministro que usa desse argumento e tem dado certo pra eles).